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segunda-feira, janeiro 04, 2010

Tempo


Primeira postagem do ano, já que é pra começar, vamos começar bem.


Tempo.

O tempo é algo inconstante, ao contrário da sua linearidade presumida. Passa devagar quando temos pressa, e corre, voa, quando nos sentimos felizes.
Na realidade, esse aspecto tem na sua linearidade uma inconstância adquirida. Só passa mesmo para aqueles que não se dão conta de sua passagem, de sua presença, sempre a espreitar o pensamento humano. Ah! Quantas vezes tivemos o desprazer de ver o tempo passar indistinto, quando o que mais queriamos era simplesmente um momento de paz atemporal, um instante. Porém o tempo é negligente, não pede passagem, simplesmente passa.
O ser humano pode se gabar de verdadeiros milagres científicos, podemos vencer a tristeza, o frio, o calor, até mesmo a solidão, mas o tempo passa para todos, homens e mulheres, ricos e pobres. E mesmo que as mulheres e até mesmo homens se utilizem de artifícios para esconder sua passagem, ele deixará suas marcas como um aviso de sua chegada, devagar, vindo em nossa direção.
Sentado onde estava eu, quando escrevi este pequeno manifesto, sentindo nada mais que solidão e desamparo, sabia que ao menos tinha este ser inimaginável por companheiro, quer eu quisesse ou não, tenho no silêncio da brisa fresca o tempo que passa devagar.
Ah! Tempo! Me deixa pensar! Passa devagar pra eu poder divagar, sobre a vida, pois tenho medo de vivê-la. Por mais tempo que se tenha, tenho medo de não fazer tudo, ler os livros que quero, ver as coisas que quero, fazer o que devo fazer. Queria que o tempo parasse só um pouquinho pra mim, pra poder sentir o vácuo, sem ar, sem peso... irrestritamente, eternamente!
Mas, ainda assim, sempre me perguntaria: Será que há tempo para vivermos eternamente?

R.G.Pfarrius


Sinto muito se deixo alguém melancólico ou deprimido com este texto, mas existem certas coisas que precisam ser ditas, ou escritas... neste caso, precisei exprimir o que sentia ou explodiria.

Um abraço a todos
Rafa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa, que texto lindo. Você foi tão aspirante, trouxe sentimentos profundos à tona. Acredite, em cada vírgula há muito mais do que está escrito. Não sei a extremidade do que não foi apresentado, e talvez até você não saiba, por isso escreveu. Gostaria de conhecer melhor esse escritor da alma e compartilhar pensamentos. Abraço! Encontre-me em: www.webertgomes.blogspot.com

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